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Teste da orelhinha: o que saber...

Qual a incidência da surdez em crianças ?

A incidência de perda auditiva bilateral significante em bebês sem problemas no parto é estimada entre 1 a 3 em cada 1.000 nascimentos. Já naquelas crianças prematuras e que ficam internadas em UTI esta incidência aumenta para cerca de 2 a 4 em cada 100 pacientes.

Quais são os testes que meu bebê tem que fazer antes de sair da maternidade ?

Atualmente já há leis e também a cultura geral de médicos e parentes dos bebês para a realização de testes para a detecção precoce de algumas doenças importantes. Muitas vezes estes testes são realizados na própria maternidade e antes da "alta hospitalar" da mãe e sua criança. 

Entretanto quando comparamos a deficiência auditiva com estas outras doenças que atualmente já têm detecção precoce empregadas em nosso meio vemos que a surdez apresenta uma incidência muito maior. Por exemplo, o "teste do pezinho", feito com uma gotinha de sangue do pé da criança é utilizado para detecção de várias importantes doenças dentre as quais a fenilcetonúria, que possui incidência de 1 em cada 10 mil nascimentos; a anemia falciforme, com incidência de 1 em cada 10 mil nascimentos e o hipotireoidismo, que apresenta incidência de 2,5 a cada 10 mil nascimentos.

Então, como podemos ver, o uso de testes para detecção precoce da surdez em crianças pode ter um impacto muito grande no desenvolvimento natural das crianças e o o fracasso em identificar crianças com perda auditiva resulta em diagnóstico e intervenção em idades muito tardias. 

No Brasil, por exemplo, a idade média do diagnóstico varia em torno de 3 a 4 anos de idade, podendo levar até 2 anos para ser concluído, segundo estatísticas recentes.

Entretanto, uma audição normal é essencial para o início do desenvolvimento da fala e da linguagem oral, principalmente nos primeiros 6 meses de vida. Por isto é fundamental identificar as crianças com perdas auditivas antes dos 3 meses de idade para que se possa iniciar seu tratamento o mais precoce possível, de preferência até os 6 meses de idade.

O que é o "teste da orelhinha" ?

É um exame, chamado de emissões otoacústicas, indolor e muito rápido que deve ser realizado por profissionais fonoaudiólogas em todos os recém-nascidos. Um pequeno e delicado aparelho com um microfone é introduzido no canal auditivo externo dos bebês, que podem inclusive estar dormindo. Este aparelho registra os sons gerados por pequenas células ciliadas presentes na cóclea, que por sua vez se movimentam com a presença de sons. Neste teste, se avalia a integridade da cóclea para sons de fraca intensidade. O teste é muito rápido (tem duração aproximada de 5 minutos) e ao final o equipamento avalia se a criança passou no exame ou se apresentou alguma "falha". 

E se meu bebê falhar neste teste ?

Os índices de falha neste exame pode variar até 20% quando ele é realizado nas primeiras 24 horas de vida do bebê. Entretanto cai para apenas 3% quando realizado entre as 24 e 48 horas de vida. Isto acontece porque neste exame é fundamental que o canal auditivo externo da criança esteja completamente desobstruído. Às vezes, por conta da própria gestação e do parto alguns materiais como grumos, restos de líquido amniótico e outros como cerume podem se acumular no conduto auditivo externo dos bebês, prejudicando a passagem do som. Após as 24 primeiras horas, estes materiais podem sair do canal, fazendo com que o som volte a apresentar passagem normal.

Mesmo assim, quando há falha, não se deve entrar em pânico pois este teste deve ser repetido dias após. Se houver nova falha (e o conduto auditivo estiver completamente limpo) deve-se realizar exames mais específicos tais como o B.E.R.A. que é uma sigla em Inglês para "potencial evocado de tronco encefálico", que é uma espécie de eletroencefalograma direcionado para as ondas cerebrais da audição.

E se houver nova falha nestes outros exames ?

As crianças que não passam no teste inicial ou nos subseqüentes devem iniciar atendimento clínico e audiológico, para confirmar a presença de perda auditiva antes dos 3 meses. Neste período, exames de imagem também podem ser solicitados, tais como tomografia computadorizada e ressonância magnética da região dos ouvidos.

E se minha criança não escutar adequadamente ? O que fazer ?

Em primeiro lugar, deve-se informar bem sobre este problema com seu médico e as opções de tratamento, pois se a criança receber atenção e cuidados adeaquados precocemente, terá vida com qualidade e com idependência. As crianças com perda auditiva confirmada e permanente devem receber atendimento adequado antes dos 6 meses de vida em programa interdisciplinar, com otorrinolaringologista, pediatra, fonoaudiólogo e outros profissionais. Entretanto deve-se informar plenamente os pais ou responsáveis da criança para que possam ser respeitadas as tradições

 locais e possíveis crenças da família.

Atualmente há vários tratamentos e adequações possíveis, desde o ensino de LIBRAS (Lingua Brasileira de Sinais), até o uso de aparelhos auditivos específicos e os próprios implantes cocleares.

AGORA É LEI:

Lei publicada no Diário Oficial da União do dia 03 de Agosto de 2010 torna obrigatória a realização gratuita do exame chamado Emissões Otoacústicas Evocadas, popularmente conhecido como "teste da orelhinha", em todos os hospitais e maternidades, nas crianças nascidas em suas dependências. 

O teste deve ser realizado nos primeiros dias de vida do bebê. É colocado um fone no ouvido do bebê, acoplado a um computador, que emite sons de fraca intensidade e recolhe as respostas que estão sendo produzidas pela orelha do bebê. 

Maiores informações: joaoflavioce@hotmail.com

Médico responsável: Dr. João Flávio Nogueira - CRM(CE) 9344

Maiores infomações também disponíeveis em www.gatanu.org

IMPORTANTE: Estas informações foram escritas para ajudar a compreender melhor o seu problema e complementar as orientações dadas por seu médico, mas não excluem a necessidade de uma consulta médica e nem permitem o auto-diagnóstico e tratamento.

Caso tenha mais dúvidas ou necessite de maiores informações, entre em contato: joaoflavioce@hotmail.com 

Médico responsável: Dr. João Flávio Nogueira - CRM(CE) 9344

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IMPORTANTE: As informações contidas nesta página foram escritas para ajudar a compreender melhor o seu problema e complementar as orientações dadas por seu médico, mas não excluem a necessidade de uma consulta médica e nem permitem o auto-diagnóstico e tratamento.